Queridos irmãos e irmãs, enfim, apresentamos neste post, a última parte das perguntas e respostas sobre a Semana Santa, obtidas do folder publicado pela Editora Pão e Vinho (www.paoevinho.com.br). Pela estatística de acesso à este blog, pouquíssimas pessoas acessaram este blog e menos ainda viram estes quatro posts. Isto, porém, não é motivo de desalento na busca de anunciar o Reino de Deus, muito pelo contrário, isto apenas reforça a necessidade de intensificarmos ainda mais nossas ações neste sentido.
Aos poucos irmãos e irmãos que já sabiam sobre as informações aqui apresentados ou que vieram a conhecê-las, fica aqui o apelo – não somente meu, mas, principalmente de Deus, – em buscar alternativas de anunciar a Boa Nova assumindo nossa missão de cristãos. Aliás, o que significa a palavra “cristão”? Ouvi o Pe. Joaquim, da Paróquia Santa Clara em Penápolis, explicar este termo que é “ser outro Cristo”. Não significa aqui a presunção de sermos divinos, mas, continuarmos a missão dEle aqui na Terra, em nosso dia-a-dia, anunciando a misericórdia e o amor de Deus. Jesus resumiu toda a Lei judaica num único mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. Se toda a humanidade praticasse este único mandamento, não haveria mais pecado, dor, fome, sede e tantos outros males da humanidade.
Enfim, sem mais delongas, seguem abaixo as quatro últimas perguntas e respostas e um texto final conclusivo.
Tenham todos uma verdadeira Semana Santa em seus corações e que Deus ressuscite o amor de todos nós à Este Deus maravilhoso e poderoso.
Abraços De Colores.
13. O que a Igreja celebra no sábado à noite?
No Sábado à noite – ou , conforme o costume em certas comunidades, na madrugada do Domingo da Páscoa da Ressurreição -, a Igreja celebra a alegre espera da Ressurreição do Senhor. Ela fica em vigília, isto é, atenta para a Ressurreição, e a aguarda com tanta expectativa, que aja a celebra, alegrando-se imensamente com a vitória da vida sobre a morte, do dia sobre a noite, da luz sobre as trevas. Nessa celebração, realiza-se o rito do fogo e do círio (no início da vigília), o anúncio da Ressurreição, a proclamação das leituras bíblicas (liturgia da Palavra), o rito batismal e, como complementação, a liturgia eucarística.
14. O que a Igreja celebra no Domingo da Páscoa da Ressurreição?
No Domingo da Páscoa da ressurreição a Igreja dá continuidade ao que foi celebrado na Vigília. As orações e leituras bíblicas feias nas celebrações do dia fazem memória do túmulo vazio, da surpresa e da alegria dos discípulos e discípulas ao terem as primeiras notícias de que, no poder do Pai, o Filho vencera a morte para sempre 9CF. Mt 28, 1-20). É o “domingo dos domingos”, isto é, é o domingo que dá origem e sentido a todos os outros domingos do ano litúrgico. Todo domingo, a partir do domingo da Ressurreição, é celebração, rememoração e atualização desse Domingo.
15. O que significa a “oitava” da Páscoa?
A “oitava” da Páscoa significa que a Igreja celebra, durante os dias da semana da Páscoa, como que um “oitavo” dia, dia este que dá complementação e perfeição aos sete dias da criação. É a criatura chegando ao máximo da unidade e comunhão com o Criador. Assim, a semana toda – do Domingo da Ressurreição até o Sábado seguinte (inclusive), é celebrado como se fosse um só dia, o dia da vitória da vida sobre a morte.
16. Porque a celebração da Páscoa é a maior de todas as celebrações realizadas pela Igreja?
A Páscoa da Ressurreição de Jesus é a maior de todas as festas da Igreja porque é a festa da Vida, e da Vida em plenitude. Ninguém, antes de Jesus, havia ressuscitado (Lázaro e outros haviam sido apenas revividos…) e agora, Nele, todos temos a Vida, todos ressuscitaremos no final dos tempos 9cf. 1Cor 15, 1-58).
Concluindo
“Cristo ressuscitou dentre os mortos, como primícias dos que morreram. Com efeito, se por um homem veio a morte, por um homem vem a ressurreição dos mortos. Assim como em Adão todos morreram, assim em Cristo todos reviverão” (1Cor 15, 20-22).
“A ressurreição de Cristo não constitui uma volta à vida terrestre, como foi o caso das ressurreições que Ele havia realizado antes da Páscoa: a filha de Jairo, o jovem Naim e Lázaro. Tais fatos eram acontecimentos miraculosos, mas as pessoas contempladas pelos milagres voltavam simplesmente à vida ‘ordinária’, pelo poder de Jesus. Em determinado momento, voltaram a morrer. A ressurreição de Cristo é essencialmente diferente. Em seu corpo ressuscitado, Ele passa de um estado de morte para uma outra vida, para além do tempo e do espaço. Na ressurreição, o corpo de Jesus é repleto do poder do Espírito Santo; participa da vida divina no estado de sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de ‘o homem celeste’” (Catecismo da Igreja Católica, 646).
“Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele, pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele. Morto, ele o foi uma vez por todas, pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus! Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém, vivos para Deus, em Cristo Jesus” (Rm 6, 8-11).
“Sendo Ele de condição divina, não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e assemelhando-se aos homens. E sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente, até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Fp 2, 6-11).